sábado, 29 de novembro de 2014

Sexo (1986)


Há pessoas que pensam em sexo
Como obrigação, produção
Reprodução, malcriação

Algumas como passatempo
Que sem obrigação
Prá passar o tempo
Fazem por fazer

Para outras no entanto
Sexo é imprescindível:
Antes do trabalho para maior rendimento
Durante, para não perder a forma
Depois, para relaxar
E nos intervalos
Como distração

Contrariamente pessoas há
Para quem sexo parece ser
Algo abstrato, distante
Intocável e sem conotação:
Dormem

sábado, 22 de novembro de 2014

Premiação

          Na quarta-feira, 12 de novembro de 2014, em solenidade realizada na sede da Academia de Letras de Palhoça (ALP), fomos agraciados com Certificado de Menção Honrosa pela participação no concurso Veredas da Poesia-Ano III.
          A nossa inscrição no concurso, com a poesia Canto do sossego (que descreve nosso cantinho na Enseada do Brito-Palhoça-SC) só ocorreu devido à visitação semanal que fazem vocês, leitores, à este blog, animando-nos a continuar com nosso trabalho. Assim sendo, divido com todos vocês este prêmio. Considerem-se também homenageados!
          Quero ainda agradecer ao incentivo proporcionado pela ALP, na pessoa de sua presidente, Sonia Terezinha Ripoll Lopes, dos acadêmicos: Vanilda Tenfen Medeiros Vieira, Marcos João de Matos e Antônio Manoel da Silva por suas palavras de incentivo e, por extensão, aos demais membros da Academia de Letras de Palhoça.


Canto do sossego (2014)


Quando canso de correr
Quando vejo a coisa preta
Na Enseada eu encontro
Meu cantinho do sossego

Vejo o morro e vejo o mar
Vejo o céu e vejo a praia
Minha vista alcança longe
Vai até o Cambirela

Quando a vida fica dura
Meus caminhos levam sempre
Da Palhoça ao Pontal
Lá prás bandas da Enseada
Etecétera e tal

Vou aonde o vento faz a curva
Depois da Praia-de-Fora
Quase no Massiambú
Descansar em meio ao verde
Ao som do canto do canário
Meu cantinho do sossego


 A casa na Enseada

A placa-título 

Recebendo a premiação das mãos de Vanilda Tenfen
 

sábado, 15 de novembro de 2014

Canelinha e São João Batista

Um passeio inacabado


          No dia 08 de novembro, último, preparamos um passeio tendo como roteiro as cidade de Canelinha (Cidade das Cerâmicas), São João Batista (Polo calçadista) e Nova Trento (Terra de Santa Madre Paulina). Todas situadas 60 a 80 km ao norte de Florianópolis, com acesso por Tijucas.
          Já na primeira parada, Canelinha, que também sedia corridas de motocross, a nossa Shadow ficou sem bateria. Pane elétrica total. Parecia os carros de Fórmula 1. Mas, graças à ajuda prestimosa de Altair Luiz Schilen, morador de Canelinha, conseguimos uma nova bateria, embora de menor amperagem que a recomendada. Fizemos a moto pegar no tranco e após mais algumas fotos (sem desligar o motor), seguimos para São João Batista. Como prevenção, imaginando que a bateria não teria força para girar o motor, deixei a minha "vermelhinha" próximo a uma ladeira.
         Alguma fotografias da Igreja Matriz (para mim essas fotos, de igrejas, são referências importantes) e...a moto não pegou. Teve de ser ladeira abaixo e abortar o passeio, retornando para casa sem poder mais desligar o motor. No plano não dá para empurrar 240 kg!
          Problemas que acontecem com quem viaja, mas que podem nos permitir, por exemplo, conhecer pessoas solidárias. Um abraço ao Altair e Nova Trento fica para uma próxima vez.


Capela Santa Anna

Cerâmicas

Matriz São João Batista

A moto em pane


sábado, 8 de novembro de 2014

Pedágios, impostos e desconstruções

Cético (1986)


Quem olha pro lado
E vê não entende
Esta gente danada
Lutando entre si
Hipocritamente
Querendo engolir
Uns aos outros
Inocentemente pisando
Em seus semelhantes
E cada dia querendo
Mais muito mais
Do que antes

Quem vê não percebe
Em cada sorriso de esguelha
Os dentes brilhando
E a fome de lobo


Inventores de impostos (2009)

Imposto prá quê?
Prá encher nosso bolso
Imposto prá quê?
Prá roubar a nação
Imposto de quê?
Do pão, do arroz e feijão
Ainda falta grana na mão
Tem solução?
Pedágio vai bem

Pedágio prá que?
Prá encher nosso cofre
Pedágio de quem?
De quem vai de quem vem
Ricos e pobres todos tem
De ajudar a nação

E PT saudações!

sábado, 1 de novembro de 2014

Em ritmo de halloween

Dos medos (1984)


Assusta, yeah

O estampido surdo
Do tiro da carabina
O baque seco
Do corpo caído
O crepitar do fogo
O brilho do punhal

A noite sem estrelas
E ao fundo
O pio da coruja no quintal


Fantasmas (1987)


Na última vez
Que acordei no meio da noite
Vi um cabra safado
Com a faca do lado

Vi demônios
No teto e paredes
E vampiros
À sombra da lua cheia

Das tumbas
Almas penadas
Correntes e lanças
Gritos alucinados

Um som de medo abafado
Panos rasgados
E gosto de sangue


(A poesia Fantasmas foi escrita em parceria com meu filho Cassiano S. dos Santos quando ele tinha 7 anos de idade)