Claro-Escuro (2012)
Gosto de velas
De vê-las sumirem
De ouvi-las, as chamas
Que chamam meu nome
De suaves sons
E vozes soturnas
Das sombras noturnas
Que murmuram seu nome
Gosto da luz
Que incide na fresta
De ver suas curvas
E medir
O tempo que resta
Analogias (2013)
Como uma noite
De lua
Que quando o tempo
Se tolda
Deságua-se
Como a réstia
De luz
Que quando a porta
Se fecha
Apaga-se
Como um rio
Que em meio ao deserto
Se acaba
E a voz que protesta
Feito uma chama
Sem ar, extingue-se