sábado, 25 de outubro de 2014

São Bonifácio

        Localizada sobre a Serra do Tabuleiro, a mais de 400 metros de altitude, São Bonifácio é uma daquelas cidades que a gente tem vontade de voltar sempre. É agradável e tranquila. Que assim permaneça.
           O acesso principal se faz pela SC 431, partindo da BR 282, em Águas Mornas. Um trecho de cerca de 40 km em meio a muito verde, recheado de curvas, com direito a visual espetacular do mirante no alto da serra. A distância total é de mais ou menos 80 km a partir de Florianópolis.
         Já na sede do município, uma visita à bela Igreja Matriz (atualmente em reforma, conclusão prevista para dezembro de 2014) é indispensável. Dali se tem vistas parciais da cidade, já que a mesma está situada sobre uma colina.
          Também, durante a semana, fica aberto à visitação pública, o museu Prof. Francisco Serafim Guilherme Schaden (você será recebido pela simpática funcionária Dilma). Contando com um acervo de peças para uso diário, decoração, trabalho, utilizadas pelos colonizadores alemães, algumas do início do século XIX, propicia-nos uma volta no tempo.
          Para os amantes da natureza, entre outras belezas, São Bonifácio é conhecida como a "Capital Catarinense das Cachoeiras", com placas indicando os caminhos.

 Vista do mirante

Chegando...! 

 Igreja Matriz

 Vista parcial

         Gruta Bom Pastor

sábado, 18 de outubro de 2014

Ordem a partir do caos

A situação tá roxa (2013)


Quero vestir
Minha camisa roxa
Depois beijar
A sua coxa
Você me acha um trouxa
Poxa, assim não dá
O que é que há?

Eu tô vendo
A coisa preta
Vê se me dá
A sua ajuda
Poxa, o que é que há?
Assim não dá

O fim do túnel
Tá fechado
Eu já estou muito cansado
E ainda tenho de voltar

Poxa, assim não dá
Que vida louca
Tá difícil de aguentar
Então me diz
O que é que há


Olho por olho (2014)


Não sou Gandhi
Nem Buda ou Maomé
Nem tampouco sou Jesus
Prá tratar bem
Quem me maltrata

Nem sou capaz
De esquecer
O que meus neurônios
Não esquecem
Nem fingir que está
Tudo certo

Tento apenas ser justo
E dosar as minhas mágoas
Se possível
Antes de dormir 

sábado, 11 de outubro de 2014

Loucuras e risos

O que sucede? (2014)


Estou ficando louco
E "poetando" um pouco
Acho que estou rouco
Quase nem te ouço

A minha voz aguda
Está meio vazia
Parece que tenho azia
Uma certa maresia
De estudar filosofia

O que você dizia?
Que o vento é forte
Grunhe feito um porco
De dois em dois segundos
Dispara outro ronco

A minha idiossincrasia é torta
Vou bater a porta
E voltar dormir

Você nem percebe
Mas todo este sonho
Tem por causa o elixir


Perdas e danos (2014)


Coisa louca:
A velha ria
Num tempo estranho
A porta estava aberta
E ninguém fugia

A voz calava o medo
De contar nenhum segredo
A velha ria na escadaria
Ninguém sabia
O que acontecia

Gente se perdendo
Em meio ao furacão
Gente se perdendo
Em meio à multidão
E a velha ria
Mais do que podia

Desdentada e vesga
Em plena luz do dia
Feito previsão
Feito profecia
A velha ria, ria, ria...

sábado, 4 de outubro de 2014

Equívocos

Nem tudo (1988)


Nem tudo que eu digo
É lei
Nem tudo que eu falo
Tem valor
Nem tudo que reluz
É ouro
Nem tudo o que sobe
Desce
Nem tudo o que fere
Mata
Nem toda cor vermelha
É sangue
Nem toda luz
É simplesmente luz

Nem tudo que um dia
Foi escrito
Ouvidos sábios entenderam


Culpa de quem? (2006)


Não fui eu que crucifiquei Jesus
Não fui eu que apaguei a luz
Nem joguei pedras na cruz

Então por que tanta insistência
Por que tanta cobrança
Por que a culpa é sempre
De quem não tava lá?

Se tudo que se fez de bom
Não conta
E um único erro é causa
De sentença
E até quem nada tinha a ver
Sofre punição sem saber
Por que?

Não crucifiquei, não apaguei
Nem joguei pedras na cruz
Mas a culpa é de alguém!

Puna-se o assessor