Pés no chão (1983)
Como a noite que se acaba
Na virada da manhã
Como o tempo
Que escorre pelos dedos
Diluído
Como o céu que se estende
Pelo infinito
Prá maravilhar os olhos
Como os pés que tocam o chão
Pelo simples fato
De o chão estar embaixo
Como a sombra
Que provoca arrepios
Todo sonho que se tem
Simplesmente prá poder voar
Filósofo (2000)
E o que será este universo?
Talvez seja o oposto
Do oposto do inverso
Talvez somente um motivo
Para se cantar
Em prosa e verso
Ou exista como a noite
E o dia
Para se fazer filosofia
Mas por incrível que pareça
Até que a morte anunciada
Aconteça
Haverá sempre alguém
Fazendo a indagação
E o que será este universo?
Talvez seja o oposto
Do inverso
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