sábado, 2 de novembro de 2013

Dois tempos

Em fotografia (2006)


A vida passa sem graça
Pela janela
O tempo escoa com pressa
Pela vidraça

E talvez eu nem te conheça mais
Pudesse eu voltar atrás
Mas não sei onde estás

Em uma praça
Ou na cabeça
Em alguma fotografia
Ou na lembrança

Faz tanto tempo
Você mudou
Talvez não te conheça mais
Só exista em fotografia
Ou na lembrança


Luz de estrela (2004)


A beleza passa rápido demais
Fica apenas a lembrança
No fundo de sua cabeça
E antes que anoiteça
Antes que envelheça
 Antes que adormeça
Não esqueça

Que a luz de uma estrela
Que se vê, talvez
Já não exista

Só importa o fato
De saber sua presença
E que resta a luz 

2 comentários:

  1. São muito bacanas as tuas poesias, meu filho.Voce sabia que teu pai também escrevia poesias? Bjussssssssss...

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    1. Sim, sabia de alguma coisa, mas ele não acreditou muito na própria capacidade. Fazer o quê!

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