Obviedades (2003)
Gosto de dizer o óbvio
e falar verdades
Que sei que todos sabem
Gosto de colocar em versos
o que sinto no instante
Mesmo que mude em segundos
ou dure eternamente
Gosto de cantar o belo
a menina de seus olhos
Ou da flor o seu perfume
Gosto de falar com minha boca
O que ouvidos ouçam
e entendam
Se não me entender
Que compreendam
Seus olhos (2004)
Eu sou aquilo
Que seus olhos não podem ver
Pois que são cegos
sem saber
Que meus passos
têm rumo incerto
Que as vezes me sinto
tão perto
Seus olhos não vêem
Que busco um sinal
prá entender
Que apenas assim
vou seguir
Mas seus olhos não podem ver
São cegos demais
prá saber