Desde que me lembro, sempre havia um cachorro em nossa casa. Ficava preso na corrente. Naquela época todos os cães ficavam presos... Brincávamos com eles, com limitações.
Depois de adulto, já em minha própria casa, tivemos duas cadelas, da raça Fox, que ficavam soltas, com livre acesso ao interior da residência. A primeira viveu conosco por onze anos. Chamava-se Novelo. A segunda viveu quinze anos. Seu nome era Mikaela.
Após a partida da Mika, adotamos uma cadela, já adulta, de porte médio (doze quilos), que batizamos de Manoela.
Essa cadela é fora-de-série. Gosta de "conversar", mais ou menos assim:
- Aunf, hãrrr...mmm, uauf, ahhhhhhhhhh...
E se lambe ou aponta alguma coisa que esteja chamando sua atenção. As vezes, enquanto trabalho (tenho uma sala em casa), vem até meu escritório, apoia-se na mesa, de frente para mim e resmunga, ao mesmo tempo tentando cutucar-me com a pata dianteira direita. Sempre a direita!
A Manoela não é de raça, embora pareça bastante com uma Wippet dourada, de pernas longas, próprias para correr, tronco ossudo e abdome bem fino. É muito exibida. Adora se produzir, como em certo dia frio do inverno passado em que vestiu sua blusa de lã e, de chapéu, posou para uma foto. Scooby-Doo ou Monalisa? Talvez... Manoelisa.
Agora adotamos um macho, meio Pastor Alemão, que ela entendeu como seu filho. Chama-se Johny. Mais pesado do que ela - vinte e poucos quilos de pura alegria - não tem parada. São amigos, divertem-se o tempo todo. Fazem cabo-de-guerra com uma corda na qual dei alguns nós, inventam lutas, corridas e latidos. Muitos latidos!
A vida para eles é uma festa sem fim e com isso alegram também a nossa vida!
Manoela produzida
Somos valentes...
Mas também somos amigos!