Caos (2010)
Num tempo às avessas
O galo canta ao meio-dia
Há excesso de estranhezas
Só não falta sol
Enquanto chove
No silêncio que se move
Noves fora restam dez
Já se sabe
O que se fez
Na lua cheia
Que de noite incandescia
Na voz chorosa que pedia
O nascer de um novo dia
Já se sabe
O que se fez
O novo aeon é torto
E chovem pedras
O dedo aponta (2013)
O pé-de-pato
Qual venda que empata
O caminho e a cabeça
Lógica mentimos demais
Será que ainda
Teremos moscas na sopa
Do mundo cão
Que ladra não morde
Dura é a carnificina
E o redondo
Anel que dolorido
Esquálido dedo
Ex capa da morte preta
Com giz
Se escreve fim
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